Vejo aqui na consultoria de sono o quanto as mães têm dificuldade com a transição de soneca.
O sono do dia já bastante sensível, e quando não percebemos essa necessidade de diminuir o sono do dia, o resultado é muito choro ou muito colo e dificuldade para relaxar, além da luta para adormecer no sono noturno.
Em outubro de 2022 foi publicado um artigo científico muito interessante intitulado “Contribuições da memória e do desenvolvimento cerebral para a biorregulação e transição de soneca na primeira infância”.
E é sobre ele que vamos falar aqui, então se quiser saber mais sobre isso, acompanhe estas informações até o final.
O que é a transição de soneca
Resumidamente, a transição de soneca é a diminuição do sono do dia do bebê, ou seja, quando ele faz uma quantidade menor de cochilos durante o dia.
Conforme o tempo passa, o bebê precisa dormir menos.
Portanto, quanto menor um bebê é, mais ele precisa dormir (isso inclui dia e noite). A duração e a quantidade do sono vão naturalmente diminuindo conforme o bebê se desenvolve.
Como funciona a transição de soneca
As sonecas são essenciais nos primeiros anos de vida, pois assim como sono noturno, ajudam para o aprendizado, desenvolvimento, a boa saúde a consolidação da memória.
Até os 3 meses, o bebê tem o sono chamado polifásico.
Isso significa que o bebê recém-nascido faz diversas sonecas por dia.
O sono torna-se trifásico por volta dos 7 ou 8 meses de idade, quando ele fica em dois cochilos durante o dia e uma noite de sono.
Entre 1 e 2 anos de vida, ocorre a transição de soneca e o sono se torna bifásico, ou seja, um cochilo geralmente logo após o almoço e o sono noturno.
A criança deixa de fazer o cochilo e fica com o sono monofásico (como é de um adulto) em algum momento entre 3 e 5 anos.
O que fala o novo estudo sobre a transição de soneca
Os autores falam da hipótese de acontecerem mudanças cognitivas, fisiológicas e neurais com as transições das sonecas.
Na pesquisa, eles deixam claro a importância do sono e como isso deve ser tratado com prioridade pelas famílias para o pleno desenvolvimento da criança, especialmente no campo cognitivo.
De acordo com a pesquisa, a maturação da rede de memória, ou seja, quando ela se torna mais eficiente, reduz a pressão de sono, e por isso, ocorre a transição de soneca.
A pressão homeostática de sono aumenta conforme o passar do tempo acordado, então, com menos pressão, menos cochilos.
Algo que chama atenção é o quanto existe variabilidade no momento da transição de soneca.
Segundo o estudo, a criança pode transitar para 2 cochilos entre 6 e 18 meses e para 1 cochilo apenas entre 2 e 8 anos de idade.
Isso é realmente um alívio para as mães que se preocupam demais que o filho não tem o sono do dia dentro do “padrão” esperado.
Ainda há a recomendação de manter os horários de soneca de forma consistente, pois assim existe chances maiores do sono ser mais estável.
Existem muitas outras informações no artigo, mas o importante é saber que cada um tem uma necessidade de sono específica, e cabe aos pais promoverem um ambiente adequado para o cochilo e também a prioridade quanto aos horários desse sono diurno.
Compreender melhor essa questão da memória e da pressão de sono faz com que pais e cuidadores entendam melhor a transição de soneca e apoiem essa diminuição do sono noturno na hora certa.
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Referência:
Spencer, RMC; Riggins, T. Contribuições da memória e do desenvolvimento cerebral para a biorregulação dos cochilos e das transições dos cochilos na primeira infância. PNAS, Vol. 119 (44), out/2022. https://doi.org/10.1073/pnas.2123415119