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Educação Infantil – Orientação por pares: por que os filhos imitam os amigos?

Sempre escrevo pensando principalmente nas mulheres mamães, mas o post de hoje é dedicado a todos que, assim como eu, se preocupam com as atitudes e escolhas dos nossos filhos no futuro.
Numa primeira fase da vida as crianças imitam os amigos e muitas vezes achamos este comportamento bonito ou engraçado. Chegamos ao ponto de comparar nossos filhos com as outras crianças, citando as diferenças de atitudes quando damos uma bronca, ou falando sobre o bom comportamento dos colegas quando queremos que nosso filhos faça algo como, por exemplo, experimentar um novo alimento. Isso tudo não está errado e não traz prejuízo nenhum se durante esta fase os pais conseguirem criar um relacionamento íntimo e forte com seu filho.

O problema começa quando esta fase termina e nós pais não conseguimos criar laços fortes ou manter uma intimidade psicológica com as crianças até a idade de 12 anos, quando  inicia-se uma fase de orientação, onde os adolescentes procuram dicas de como agir ou informações sobre o que querem saber nos pares –  amigos e pessoas da mesma idade – muitas vezes imaturos e sem condições de indicarem um caminho correto a seguir, podendo gerar um impacto negativo nas decisões dos jovens.
Atente-se que a única maneira da orientação por pares não acontecer é quanto acontece a orientação dos pais para os filhos e quando há extrema confiança nesta orientação. Quando os pais são o porto seguro, os confidentes, os grandes amigos. Percebemos isso quando os filhos não tem receio de conversar sobre todos os assuntos, quando exercemos a autoridade sem autoritarismo, quando somos amigos e guias dos filhos. E isso tudo é uma medalha de ouro que ganhamos depois de muito trabalho e dedicação, já que conversar e pedir orientação para os amigos parece ser algo muito mais natural do que solicitar ensinamentos para os pais.
Com tantas mudanças na maneira de criar os filhos e com tão pouca quantidade de horas junto das crianças, nossa missão (possível) é aumentar a qualidade deste tempo. O desafio é educar da maneira inteligente e valorizar cada momento com nossos pequenos (sempre pensando em aumentar o vínculo). Não adianta estarmos fisicamente perto, se estivermos envolvidos em outras tarefas, pensando nos problemas e focados nas preocupações. A reflexão aqui é para saber se conseguimos estar REALMENTE PRESENTES.
Um termômetro interessante para saber como anda o seu relacionamento com seu filho é perceber se ele conta como foi o dia na escola, se assume as “artes” que fez ou se quando está com algum problema corre para pedir ajuda. Se isso não estiver acontecendo, o vínculo pode estar prejudicado.
Escrevi este texto depois de estudar trechos do livro “Pais Ocupados, Filhos Distantes – Investindo no Relacionamento” do canadense Gordon Neufeld. O livro já é antigo, mas o assunto continua extremamente atual e vale a leitura e a reflexão.

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