Muitas mães me perguntam o que é o efeito vulcânico e como evitar que este “fenômeno” aconteça com seus filhos. No post de hoje, vamos falar um pouco sobre este ciclo que se instala em muitas famílias deixando os pais extremamente aborrecidos quando tem que lidar com bebês irritados, chorosos, que apesar de muito sono, não conseguem dormir facilmente.
O bebê acorda feliz, bem disposto e pronto para começar o dia! As horas passam e este quadro muda drasticamente. Aquela criança feliz e risonha se torna uma criança irritada, inflexível e impaciente. Logo os pais pensam: É SONO! E aí a “batalha” começa. É como um vulcão em erupção.
Entre estar feliz e se tornar esta criança irritada existe uma outra etapa, fundamental para evitar o efeito vulcânico – a hora que a criança apresenta sinais de sono. Estes sinais podem ser esfregar de olhos, perda de concentração, olhar parado, bocejos, mexer muito no cabelo ou na orelha (do bebê ou da mamãe) e às vezes gritar. Assim que os pais perceberem algum destes sinais, o ideal é que já ajudem o bebê a dormir.
Para os pais que tem dificuldades em observar estes sinais e quando percebem a criança já “passou do ponto”, sugerimos seguir a tabela abaixo, onde colocamos um tempo aproximado que cada bebê consegue ficar acordado antes de “explodir”.
Recém Nascido | De 40 minutos à 1 hora* |
3 meses | De 60 à 80 minutos* |
4 meses | 1h30 minutos* |
6 meses | De 2 horas à 2 horas e 30 minutos* |
8 meses | De 2h30minutos à 3h30minutos* |
10 meses | De 3h30minutos à 4 horas* |
*este intervalo está intimamente ligado ao tempo de sono da última soneca. Até os 6 meses, pense que o tempo máximo de ficar acordado pode ser este ou o tempo que o bebê teve na última soneca.
Por que isso acontece?
O efeito vulcânico é um ciclo. A criança está bem e o sono começa a chegar. Quando o descanso não acontece e a pressão do sono (também chamada homeostática) se instala, o corpo do bebê começa a fabricar o cortisol – também conhecido como o hormônio do stress. O cortisol anula os efeitos dos hormônios do sono (da serotonina e da melatonina). É aí que o ciclo começa: quanto mais tempo acordado, mais cortisol, mais irritação, maior dificuldade para dormir, mais choro e um bebê que acorda muito cedo no dia seguinte. É por esta questão hormonal que não adianta segurar o bebê acordado até mais tarde com a esperança que ele irá dormir até mais tarde de manhã, então, o efeito é quase sempre contrário. A criança muito cansada demora mais para dormir e acorda mais cedo.
Muitas mães ficam horas tentando fazer o bebê dormir exatamente porque estas crianças passaram do ponto e não conseguem adormecer facilmente.
O melhor a fazer é evitar que o efeito vulcânico se instale, observando os sinais e as janelas de sono do bebê, investir em sonecas de qualidade e um sono noturno restaurador. Lembramos que uma soneca com menos de 45 minutos não é o ideal. Se for preciso, ajude seu bebê a voltar ao sono se ele acordar antes disso. É importantíssimo proteger seu bebê do efeito vulcânico e se isso acontecer um dia, evite ao máximo a progressão deste ciclo.
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