Por Dr. Giuliano Bedoschi
Estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que mais de 15% da população mundial sofre com a infertilidade. Os fatores para tal situação são diversos, porém com o avanço da medicina especializada em reprodução humana, engravidar passou a ser possível para boa parcela dessa população. Uma das possibilidades é por meio da inseminação artificial.
A inseminação artificial é um método de reprodução assistida feito em clínicas especializadas ou em hospitais que contam com um departamento específico em reprodução assistida. Pode ser indicado para casais de tentantes, que passado seis meses de relação sexual sem o uso de contraceptivo sem retorno, podem ser avaliados para ser submetidos ao tratamento.
Assim como qualquer tratamento relacionado a reprodução humana, é necessário que o casal se submeta a uma infinidade de exames para identificar a causa da infertilidade. Os principais exames diagnósticos são:
- Dosagem hormonal, que pode ser solicitado ao homem e para mulher;
- Ultrassom endovagional;
- Histerossalpingogragfia;
- Videohisteroscopia diagnóstica;
- Videolaparoscopia;
- Espermograma;
- Ultrassonografia de bolsa testicular;
- Fragmentação de DNA espermático.
Descoberta a causa da infertilidade, é chegado o momento de identificar, junto ao médico especializado em reprodução humana, identificar qual o procedimento será feito para que esse casal possa engravidar. Definida que será a inseminação artificial, é necessário começar uma nova etapa.
Como é feita a inseminação artificial?
Esse procedimento de reprodução humana em específico, é feita a manipulação em laboratório do sêmen, sendo que selecionados os que melhor desempenharam o papel de fecundar, eles são inseridos na cavidade uterina da mulher para que ocorra o processo de fecundação de forma natural, por assim dizer.
Para que isso aconteça, é necessário que a mulher passe por um processo de estimulação ovariana com o auxílio de estimulantes hormonais. Quando o ciclo menstrual da mulher tiver início, o ginecologista obstetra especializado em reprodução humana, administrará o hormônio FSH.
O FSH, conhecido como hormônio folículo-estimulante, que como o nome já diz, tem a função de promover a estimulação do crescimento dos folículos ovarianos. Essa parte do tratamento é acompanhada por exame de ultrassonografia para saber se essa estimulação está dando ou não o resultado necessário para que a inseminação artificial possa ser feita.
Identificado que os folículos estão saudáveis para a tentativa de fecundação, é a vez de ser administrado o hormônio hCG. Feita a estimulação com o auxílio de hormônios e é identificado que a mulher entrou em um período fértil, é a vez do homem participar desse processo.
Por ser um método de reprodução assistida será necessário que o homem colete o sêmen por meio da masturbação. Feito isso, o médico fará o processo de seleção dos melhores espermatozoides, ou seja, os que terão melhor chance de conseguir a fecundação.
Com a mulher em momento fértil, esse sêmen é inserido na cavidade uterina por meio de uma cânula, sendo que essa seleção, estimulação e inserção do material biológico tem como intuito aumentar as chances de fertilização, sendo assim identificada como inseminação artificial.
Assim como qualquer procedimento de reprodução humana, a inseminação artificial pode ser um sucesso logo na primeira tentativa, mas pode ser necessário a repetição do mesmo. O ideal é tirar todas as suas dúvidas com os especialistas de uma clínica de reprodução assistida.
Dr. Giuliano Bedoschi (CRM/SP 130571) é especialista em Ginecologia e Obstetrícia. Fornece suporte médico nas principais áreas da saúde de Fertilidade e Reprodução Humana.