Um estudo divulgado pela Children’s Society em janeiro divulgou que 1 em cada 11 crianças de 8 à 16 anos no Reino Unido está infeliz. Apesar desta pesquisa com dados tão alarmantes ter sido feita em outro país, existem estudos que mostram que aqui no Brasil nossas crianças também estão cada vez mais ansiosas, estressadas e extremamente sobrecarregadas.
Com a agenda cheia de atividades como estudar, praticar esportes ou aprender outras línguas, as crianças ficam sem tempo para se divertir, relaxar, brincar ou simplesmente ficarem sem fazer nada. Importante lembrar que as consequências desta agenda tão cheia podem ser catastróficas.
O primeiro problema pode aparecer quando a criança não dá conta de tudo que tem para fazer. A cobrança da própria criança em relação ao seu insucesso e principalmente dos pais e professores traz uma terrível sensação de fracasso muito prejudicial ao desenvolvimento do indivíduo. Esta sensação deixa a criança insegura e sinais como irritabilidade, insônia, falta de apetite ou problemas no desempenho escolar começam a aparecer. Especialistas garantem que muitos adultos possuem problemas de depressão que começaram na infância e não foram percebidos pelos pais, por isso a importância de ficarmos atentos às mudanças no comportamento dos filhos, principalmente quando acontecem mudanças na agenda da criança – troca de escola, aumento das atividades e principalmente quando a criança passa para uma nova série.
Uma reportagem na revista Veja de fevereiro de 2012 traz informações preciosas sobre o comportamento infantil e principalmente como os pais podem ajudar a evitar esta epidemia silenciosa que afeta a saúde mental das crianças. A reportagem explica os níveis de resposta do nosso cérebro ao stress (positivo, tolerável e tóxico), e quando situações estressantes deixam de fazer parte do desenvolvimento e passam a ser prejudicial para as crianças.
Vale a pena a leitura e principalmente a reflexão sobre até que ponto estamos fazendo bem na nossa constante ansiedade em proporcionar tantas atividades para nossas crianças.
